sábado, 22 de outubro de 2011

Uma forma de economia energética

O horário de verão dá muito pano pra manga em conversas entre amigos. Uns dizem que adoram, por acordarem mais cedo e aproveitarem mais o dia. Já, outros, resmungam na desculpa de precisar madrugar. Ainda assim, o que normalmente passa batido nessas conversas é o motivo desta medida.

Idealizado por Benjamin Frankiln, ela tem por principal objetivo aproveitar a energia solar. Ou seja, adiantamos uma hora no relógio no período em que ele nasce mais cedo para não necessitarmos de luz elétrica. Por isso, o essa mudança de horário acontece no verão, período mais intenso do sol aqui no Brasil.



Nesse ano, nosso horário de verão vai de 16 de outubro da 26 de fevereiro de 2012. São 133 dias de economia de energia elétrica nas regiões Sul, Sudeste e Centro Oeste do país. A mudança não ocorre nas outras regiões do país porque elas recebem a mesma quantidade de sol praticamente o ano todo. O que faz com que a energia economizada seja quase nula.

Pela 41ª vez os brasileiros adiantaram seus relógios. Pela 41ª vez, ajudaram a preservar o meio ambiente.

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Os hinos antes das partidas de futebol

Confira a matéria que produzi para o Portal de Jornalismo. Ela conta com opiniões da imprensa esportiva, como a de Pedro Ernesto Denardin, Batista e Nando Gross. Além disso, torcedores da dupla Grenal que frequentam os estádios foram entrevistados.
Reportagem em texto e complementada com vídeo.
Segue o link: http://migre.me/5XvbG

terça-feira, 18 de outubro de 2011

"Lugar de colorado é no Beira-Rio", dizia Marcelo Kripka em dias de jogo

Acompanhe depoimentos de pessoas que conviveram com o ex-presidente da FICO.


O primeiro jogo sem Marcelo Kripka

Uma ida ao Beira-Rio um tanto quanto atípica. Chegar na frente da loja do Inter, no pé da rampa três, e deparar-se com o ponto de encontro da FICO sem seu principal membro. O Escort estava lá. Marcelo Kripka, pela primeira vez, não.

Escort de Kripka. Foto: Renata de Medeiros.

Os torcedores ali presentes, para conservar a memória do ex-presidente, enlutavam-se com faixas pretas amarradas à manga das camisetas coloradas. Todos em volta do carro que os reunia até o último jogo, como se, ficar ali perto do automóvel de Kripka fosse uma forma de amenizar a saudade que imperava há uma semana.

Em homenagem, uma bandeira que tremularia em poucos instantes dentro do gramado do Gigante. Um troféu que eternizaria o craque da primeira batalha sem Marcelo. Balões brancos em contraste com o preto do luto.

Entramos em campo. A bandeira que estampava o rosto do homenageado dava a volta no estádio sob aplausos. O Troféu Super FICO Marcelo Kripka Rádio Gaúcha foi entregue ao repórter Gabardo para que o craque do jogo fosse premiado posteriormente.

Eduardo Gabardo com o troféu em homenagem a Kripka. Foto: Renata de Medeiros.

Antes do jogo, um minuto de silêncio. Gritos de "Guerreiro, Marcelo" bradavam da superior onde estava a FICO. E um sentimento: saudade.

Acompanhe as homenagens feitas domingo passado no Beira-Rio:

Imagens e edição: Renata de Medeiros.


segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Mudança de planos

Em meu primeiro contato com Dona Santa, mulher de Romeu Armelindo Felipetto e mãe de José Antônio, imaginei que teria uma história marcada pela paixão pelo futebol para contar. Depois de ir mais além, descobri que não era bem o que eu esperava. Crises depressivas, traições, decepções, enfim, uma série de elementos que caracterizaram vidas nem tão felizes como eu pensava.

Um desafio e tanto para mim, que sempre gostei de contar as peculiaridades de história felizes. Decidi encarar, mesmo depois de encontrar esses detalhes adversos no meio do caminho. Porém, depois de algumas semanas, ficaram difíceis os telefonemas para Dona Santa, que me apresentaria amigos de seu marido e de seu filho. Minhas ligações resumiam-se em "liga depois, ela não está" ou "liga depois, não consegui falar com nenhum amigo deles ainda". Isso, de certa forma, me desanimou.

Segunda-feira passada, quando pus o pé pra fora do prédio C, me deparei com as movimentações para o enterro de Marcelo Kripka. No dia anterior, no Beira-Rio, já havia ficado sabendo de sua morte minutos antes do jogo, mas era muita coincidência o seu sepultamento ser no cemitério que fica exatamente à frente da faculdade. Ver aquela cena já me balançou. Contar sua trajetória, na verdade, despertou-me um interesse enorme.

Pensei na hipótese durante a semana toda, até que, sexta-feira, propus a mudança de personagem à professora. Tive total apoio. No mesmo dia, procurei contatar conhecidos de Marcelo. O primeiro retorno veio de Mauro Arruda, que vai ser minha principal referência para a coleta de informações.

Domingo, já estava no Beira-Rio para acompanhar as homenagens feitas para o querido ex-presidente da torcida F.I.CO, Marcelo Kripka.

Mudei. Não pelo medo de errar. Mas pelo desejo que uma quase jornalista tem de se envolver com as histórias que conta.

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

500 photographers

Fotógrafos do século 21 não são difíceis de encontrar.  No entanto, achar qualidade em meio a tantas opções é uma atividade complicada.

O projeto online “500 photographers”  foi criado com o objetivo de facilitar essa pesquisa. Durante cem semanas serão divulgados, semanalmente, o trabalho de cinco fotógrafos de todas as partes do mundo e de diferentes áreas desta profissão. 

O idealizador do projeto foi Pieter Wisse, fotógrafo, dono da livraria e galeria de arte “Four Eyes Photography & Art.  Ele planeja que após a conclusão o site servirá como referência, com um arquivo de fotógrafos de qualidade e de variados estilos, linguagens e gêneros do século 21.

A seleção dos artistas é feita por indicação dos leitores. Para colaborar com o projeto você pode sugerir alguém aqui.

Photographer #375: Gerco de Ruijter

Photographer #385: Chris McCaw

 Photographer #391: Munem Wasif


segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Antes tarde do que nunca

A tabela do segundo turno do campeonato brasileiro aponta o Internacional como terceiro colocado com 16 pontos e o Grêmio em quarto com 15. Duas classificações inesperadas para quem terminou o primeiro turno vagando pelo lado de baixo da tabela. Hoje, o Internacional soma 43 pontos, ocupando a sétima colocação e o Grêmio está em décimo com 39. Isso apenas comprova que se a dupla Gre-Nal tivesse iniciado o campeonato mais preparada e convicta de seus planos, as aspirações poderiam ser muito maiores, tanto do lado vermelho quanto do azul. Depois de muitos tropeços durante o ano e algumas mudanças mais drásticas como a troca de seus vice-presidentes de futebol, Grêmio e Internacional parecem ter reencontrado um padrão de jogo nas mãos de seus novos técnicos, Celso Roth e Dorival Junior, respectivamente. Apesar de serem estatísticas, esses fatos são suficiente para comprovar que se os gaúchos não tivessem perdido tempo demais com crises políticas desnecessárias e investimento em treinadores despreparados para a função, o campeonato de hoje não estaria resumido a esse modesto torneio Rio-São Paulo.
Agora que estão organizados, com um ambiente sereno e os jogadores verdadeiramente focados, Grêmio e Internacional mostram que não são piores que a maioria de seus adversários. Faltou total planejamento na arrancada.


Paulo Odone, quando assumiu a presidência do Grêmio, teve que engolir Renato Portaluppi como técnico, pelo milagre que o eterno ídolo gremista havia realizado no campeonato brasileiro do ano passado, mas o presidente nunca simpatizou com este profissional. Logo, o clima no clube ficou turbulento e Odone aproveitou a primeira brecha para mandar o treinador embora, fato que atraiu contra sua pessoa a fúria da torcida. A saída de Renato desencadeou uma crise técnica na equipe, que encaminhou o clube a triste convivência da zona da degola. Nesse período, o Grêmio apostou no inexperiente Julinho Camargo que claramente não estava pronto para a árdua tarefa que lhe esperava. O grupo de jogadores passou a carregar o fardo de time desqualificado e limitado. O time só começou a ensaiar uma recuperação no final do primeiro turno, quando das chegadas de Paulo Pelaipe e Celso Roth. O treinador manteve a tradição de técnico de boas arrancadas e logo arrumou a casa, começando por uma boa organização defensiva. Mesmo que ainda lhe faltem recursos na peça ofensiva, o Grêmio volta a atuar com aquele espírito aguerrido que lhe é característico. Com certeza, essa turbulência toda roubou pontos preciosos, comprometendo a temporada tricolor.
A crise colorada é muito mais complexa, já que não teve origem nessa temporada. A eleição de Giovanni Luiggi para presidente do clube gerou um grande racha no grupo político que administra o clube desde 2002. A relação do Presidente com o vice de futebol, Roberto Siegmann, foi desarmônica desde o início da gestão. A queda de Celso Roth e a contratação de Falcão para o cargo acirraram ainda mais os ânimos entre os dirigentes. Com o despreparo tático do Rei de Roma, somado a uma falta de poder de mobilização deste sobre os atletas, o Internacional fez fiasco na Taça Libertadores da América e patinava pela zona intermediária do campeonato. Depois de sofrer uma trágica goleada de 3 a 0 para o São Paulo, em pleno Beira-Rio, o departamento de futebol e a comissão técnica foram derrubados pelo primeiro mandatário do clube. Trocas de acusações agitaram as bandas do Beira-Rio, enquanto isso, o clube permaneceu um longo período sem treinador, sem esquema tático e sem comando. Dorival Junior assumiu o comando da equipe na vitória por 1 a 0 contra o Botafogo, há somente três rodadas do fim do primeiro turno. A partir daí, o Internacional não parou mais de crescer, tanto em futebol quanto em resultados. Com a chegada do novo técnico, jogadores mais experientes como D`Alessandro, Guinazu, Índio e Tinga voltaram a jogar o que sabem e somaram qualidade ao fenômeno Leandro Damião. O Internacional vive a sua melhor fase na temporada e a tendência, pelo desempenho dos últimos 10 jogos( 4 vitórias, 4 empates e 2 derrotas) parece ser mesmo uma guinada rumo à Libertadores. Claro que a equipe ainda oscila, especialmente nos jogos longe de Porto Alegre, mas é notável uma evolução a cada partida, aspecto característico de uma equipe em formação, ou seja, o Internacional dá sinais que ainda deve render mais.
As situações de Grêmio e Internacional são diferentes, mas ambos atravessaram uma temporada de percalsos bem parecidos, guardadas as proporções, é claro. Desta forma, basta esperar que os dirigentes não criem mais problemas fúteis e que os clubes mantenham o foco para, quem sabe assim, possamos derramar um pouco de chimarrão no chopp de paulistas e cariocas.

domingo, 9 de outubro de 2011

Louboutin lança linha de sapatos sustentáveis

Pra provar que não é difícil ser sustentável, um grande nome da moda deu o exemplo: Christian Louboutin lançou uma linha de calçados ecológicos. A ideia é simples, usar tecidos que sobram da confecção dos outros calçados carésimos que a marca dele produz.

Para dar mais charme aos peep toes que ele produz, os calçados serão exclusivos. Custarão, em média, R$3,500. E estão previstos para chegar aqui no Brasil no fim deste ano.

O solado vermelho - marca registrada do estilista - permanece nos exemplares
A linha Eco-trash promete ser um sucesso por quatro motivos:
1) Os pares são de Louboutin, o homem dos calçados mais desejados do mundo
2) Custam caro e, por isso, garantem status pra quem usa
3) Christian está em alta depois do seu escândalo com o estilista Yves Saint Laurent, todas as mulheres que estão ligadas na moda dos pés estão querendo seus calçados exclusivos
4) Ele acertou em cheio ao somar sustentabilidade e moda

Os pares podem ser revestidos, por exemplo, de cortiça, PVC ou juta

Portanto, se você puder, e quiser, garanta o seu. Até porque, afinal de contas, é um Louboutin!

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

O Prato Voador e a Espanha de Almodóvar


Nesta edição, o Prato Voador tem como destino a Espanha de Almodóvar. A ambientação fica por conta da boa música e das surpresas reservadas para a noite.


No comando da cozinha, os chefs Mario Ávila e Cláudia Moro Barbosa desenvolvem um menu específico para compor a experiência. Com uma atmosfera aconchegante, o espaço cultural Meme Santo de Casa vai sediar o jantar pela segunda vez. Além da ótima localização, a casa possui capacidade para um número restrito de participantes, mantendo essa experiência um deleite para poucos.


A noite é idealizada como uma aventura que estimula todos os sentidos. Desbravar os sabores, as imagens, os sons e os aromas da cultura espanhola é o desafio proposto para a próxima edição. “A ideia é fazer as pessoas viajarem com o Prato Voador, experimentarem novas sensações”, explica Fabiana Leivas, idealizadora do projeto.


Seja pela boa culinária, pela ambientação temática ou pelas surpresas que o jantar propõe, vale a pena separar a noite para participar dessa experiência cultural que está sendo preparada.


quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Imprevistos


Na tarde de sábado, enquanto lia um livro, fui surpreendida por uma ligação. Dona Santa ligou-me perguntando se eu poderia visitá-la naquele dia mesmo.
Curiosa e cheia de expectativas, saí de casa para falar com a esposa de seu Romeu e mãe de Zé para saber um pouco mais da vida deles. Chegando lá, deparei-me com histórias nem tão alegres como eu imaginava que encontraria.
Romeu e Santa são de Santa Maria e conheceram-se lá. Depois de se casarem, tiveram que vir para Porto Alegre, pois o marido era militar e foi transferido para cá. Tiveram nove filhos. Dois, porém, faleceram logo depois que nasceram. Zé morreu, aos 46 anos, vítima de repetidas crises de depressão. A paixão pelo futebol parecia ser seu único consolo. Não teve mulher, nem filhos, mas era bem apegado à sua família.
Dona Santa mostrou-me algumas fotos e prometeu-me apresentar amigos de infância tanto de seu Romeu, quanto de Zé. Deposito minha esperança de histórias mais divertidas e alegres nessas duas fontes, já que, até agora, conheci duas vidas marcadas por dificuldades.


Desviando atenções

Há pouco tempo, o Brasil comemorava os mil dias para a Copa. Sobravam festejos e holofotes, faltava preocupação.
O atraso é grande. Só agora começou a se pensar no que deveria ser sabido antes mesmo de a candidatura ser lançada: um grupo cervejeiro patrocina o Mundial. Com isso, seria muito pouco provável de que a lei que proíbe a venda de bebidas alcoólicas nos estádios de futebol e proximidades prevaleceria sobre o patrocinador.
A outra polêmica em questão é a exigência de meia-entrada para idosos e estudantes que o país sede está fazendo sobre a federação internacional. Novamente, um esforço em vão. Os jogos já têm um custo calculado e não há como saber quantos ingressos serão vendidos pela metade do preço. Se os brasileiros acham anormal ter esse controle, há algo de muito errado por aqui.
Polemizar esses dois assuntos é uma grande inutilidade, já que é, praticamente, pré requisito aceitar as normas da Fifa para poder sediar uma Copa.
O mais importante ninguém pensou até agora. Sem estádios, sem Copa. Essa seria a lógica mais simples a ser seguida, porém, hoje, nenhuma obra está dentro do prazo inicial previsto pelos clubes e construtoras.
Já é costume do Brasil dar prioridade a assuntos irrelevantes para atenuar os realmente preocupantes. É hipocrisia querer sediar uma Copa e receber milhares ou milhões de estrangeiros para oferecer serviços públicos precários. Não há condições sequer humanas nem para os próprios cidadãos brasileiros. O dia em que as emergências dos hospitais não estiverem mais lotadas, o trânsito não for caótico e o transporte público for eficiente para os habitantes do país, aí sim poderá cogitar a idéia de abrigar um evento de grande porte como é este. Atualmente, não é o caso. Explicado o motivo pelo qual as discussões estão voltadas não para os estádios ou para os serviços públicos. Afinal, o governo não discutiria os únicos pontos que realmente são de sua responsabilidade.

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