segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Mudança de planos

Em meu primeiro contato com Dona Santa, mulher de Romeu Armelindo Felipetto e mãe de José Antônio, imaginei que teria uma história marcada pela paixão pelo futebol para contar. Depois de ir mais além, descobri que não era bem o que eu esperava. Crises depressivas, traições, decepções, enfim, uma série de elementos que caracterizaram vidas nem tão felizes como eu pensava.

Um desafio e tanto para mim, que sempre gostei de contar as peculiaridades de história felizes. Decidi encarar, mesmo depois de encontrar esses detalhes adversos no meio do caminho. Porém, depois de algumas semanas, ficaram difíceis os telefonemas para Dona Santa, que me apresentaria amigos de seu marido e de seu filho. Minhas ligações resumiam-se em "liga depois, ela não está" ou "liga depois, não consegui falar com nenhum amigo deles ainda". Isso, de certa forma, me desanimou.

Segunda-feira passada, quando pus o pé pra fora do prédio C, me deparei com as movimentações para o enterro de Marcelo Kripka. No dia anterior, no Beira-Rio, já havia ficado sabendo de sua morte minutos antes do jogo, mas era muita coincidência o seu sepultamento ser no cemitério que fica exatamente à frente da faculdade. Ver aquela cena já me balançou. Contar sua trajetória, na verdade, despertou-me um interesse enorme.

Pensei na hipótese durante a semana toda, até que, sexta-feira, propus a mudança de personagem à professora. Tive total apoio. No mesmo dia, procurei contatar conhecidos de Marcelo. O primeiro retorno veio de Mauro Arruda, que vai ser minha principal referência para a coleta de informações.

Domingo, já estava no Beira-Rio para acompanhar as homenagens feitas para o querido ex-presidente da torcida F.I.CO, Marcelo Kripka.

Mudei. Não pelo medo de errar. Mas pelo desejo que uma quase jornalista tem de se envolver com as histórias que conta.

0 comentários:

Postar um comentário

Share

Twitter Delicious Facebook Digg Stumbleupon Favorites More