Paixão. Talvez seja essa a palavra que defina melhor Romeu Armelindo Felipetto e José Antonio Felipetto.
O túmulo onde estão sepultados, no Cemitério Santa Casa da Misericórdia, despertou-me curiosidade. Nele, há dois distintivos: um do Internacional e outro do Grêmio. A paixão Gre-Nal eternizada ali, indiferente à vida. Mas viva até a morte.
No começo, achei que eram irmãos. Então fui procurar referências na internet para apurar mais informações. Encontrei o telefone da casa de seu Romeu. Liguei para lá sexta, 23 de setembro, e um homem chamado Roney me atendeu. Ressabiado depois de escutar minhas explicações detalhadas sobre o projeto, pediu-me que ligasse outro dia para falar com sua mãe.
Consegui contato apenas na semana seguinte. Dona Santa foi quem atendeu. Após esclaracer o trabalho e me identificar, contei o motivo de escolher o túmulo dos Filipetto. Ela, muito animada, declarou:
- Ah, ele era muito colorado! - disse ela, referindo-se ao filho.
Dona Santa era esposa de seu Romeu, e José Armelindo, um dos filhos deles e irmão de Roney - o que me atendeu na semana anterior. A senhora me explicou que Zé era mesmo apaixonado pelo Inter. Segundo ela, quando lavava seu uniforme colorado, ele botava a cadeira na rua para cuidar da roupa no varal, pois tinha medo que roubassem seu manto sagrado. Além disso, falou-me que participa do Clube de Mães e foi bailarina.
Sobre o marido, não deu grandes detalhes por telefone. Mas fiquei super empolgada com a receptividade de Dona Santa e acredito que, quando falar pessoalmente com ela semana que vem, vou ter mais informações. Espero ter muitas histórias para contar desses pai e filho movidos pela paixão Gre-Nal.
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